J. Bras. Nefrol. 2007;29(4 suppl. 4):12-6.

4. Uso de Medicamentos Estimuladores da Eritropoiese

João Egídio Romão Junior, Marcus Gomes Bastos

RECOMENDAÇOES

RECOMENDAÇAO 4.1

Os MEEs devem ser considerados para todos os pacientes com DRC que apresentem hemoglobina abaixo de 11g/dL, quando outras causas de anemia foram excluídas e os estoques de ferro estiverem adequados.(Evidência A)

RECOMENDAÇAO 4.1.1

A dose e a freqüência de uso dos MEEs na fase de correçao devem ser determinadas pela hemoglobina inicial do paciente, pela velocidade de aumento da hemoglobina, características clínicas do paciente e classe do medicamento. (Evidência A)

RECOMENDAÇAO 4.1.2

A via preferencial de administraçao de MEEs é a subcutânea, sendo que a via intravenosa favorece por conveniência os pacientes em hemodiálise. (Evidência A)

RECOMENDAÇAO 4.1.3

O incremento mensal da hemoglobina, na fase de correçao, deve ser de 1,0-2,0g/dL; se menor do que 1,0g/dL, aumentar a dose de MEEs em 25% e, se maior que 2,0g/dL, reduzir em 25%-50%. A dose de manutençao e a freqüência de administraçao do MEEs deverao ser ajustadas para manter a hemoglobina na faixa alvo, evitando-se a sua suspensao abrupta. (Evidência C)

RECOMENDAÇAO 4.1.4

A pressao arterial, o acesso vascular e a adequaçao da diálise devem ser atentamente avaliados em pacientes em uso de MEEs, principalmente até que a hemoglobina alvo seja atingida (Evidência B).

RECOMENDAÇAO 4.1.5

A resistência ao uso de MEEs deve ser avaliada quando ocorrer falha em alcançar a concentraçao de hemoglobina alvo com dose semanal de eritropoetina superior a 300UI/kg/semana (aproximadamente 20.000UI/ semana) ou quando houver necessidade de doses cada vez maiores de MEEs para manter a hemoglobina alvo (Evidência B).

JUSTIFICATIVAS

A decisao de uso de MEE para cada paciente deve se basear nos benefícios potenciais deste tratamento (incluindo melhoria na qualidade de vida do paciente, reduçao da morbidade e da mortalidade e reduçao da necessidade de transfusoes de sangue) e em seus riscos conhecidos. Na ausência de outras causas de anemia na DRC (Tabela 1), o uso de medicamentos estimuladores da eritropoiese é essencial no controle da anemia em todos os seus estágios evolutivos, incluindo pacientes mantidos em tratamento dialítico e aqueles transplantados renais1-5.

O uso sistemático dos MEEs e a conseqüente correçao da anemia levam à reduçao da necessidade de transfusoes de sangue, da morbidade cardiovascular e da mortalidade dos pacientes6,7. É descrito aumento da capacidade física e do desempenho sexual, melhoria das funçoes endócrinas e imunes e melhoria da qualidade de vida de portadores de DRC8-11. A garantia de eficácia terapêutica é dada pelo planejamento do tratamento inicial e de manutençao, que inclui a continuidade do fornecimento dos MEEs, na flexibilidade de dispensaçao e de administraçao, na preferência do paciente para com a administraçao (local de aplicaçao, freqüência de doses, armazenamento do medicamento, etc) e na revisao rotineira deste planejamento de acordo com as mudanças de necessidades12,13. Uma possível desvantagem do tratamento com MEEs seria a aceleraçao da progressao da DRC que, contudo, nao foi confirmada em estudos em humanos14,15. Antes do uso de MEE, há necessidade de se assegurar que o paciente tenha estoque de ferro suficiente para alcançar e manter os níveis de hemoglobina planejados16,17.

Os MEEs disponíveis e suas características principais de uso clínico devem ser de conhecimento do prescritor. Nos últimos anos, novos MEEs tornaram-se disponíveis para o uso clínico e as evidências indicam que haja equivalência de eficácia entre eles1,18-21. A primeira geraçao de MEE corresponde à eritropoetina recombinante humana, caracterizada pela eficiência, grande segurança e uma meia-vida curta, sendo administrada por via subcutânea (uma a três vezes/semana) ou intravenosa (duas a três vezes/semana)1. Há cerca de dez anos, disponibilizou-se a darbepoetina, medicamento com maior estabilidade metabólica e meia-vida mais longa que a eritropoetina, permitindo a sua utilizaçao uma a duas vezes/mês18,19. Mais recentemente foi introduzida uma terceira geraçao de MEE, o ativador contínuo de receptor da eritropoetina – CERA (continuous erythropoietin receptor activator), que apresenta meia-vida ainda maior do que às dos MEEs de primeira e segunda geraçao20,21.

A dose inicial de MEE para correçao da anemia depende de vários fatores, principalmente da intensidade da anemia22. Recomenda-se iniciar o tratamento com MEE na dose mínima eficaz, que determine o aumento gradativo da hemoglobina até o nível alvo e, assim, evitase a transfusao sangüínea. A eritropoetina deve ser iniciada na dose de 50-100U/kg/semana, em três aplicaçoes1,2,12. A darbepoetina pode ser administrada por via subcutânea ou intravenosa, na dose de 0,45µg/kg uma vez por semana ou 0,75µg/kg a cada 15 dias12,18,19. A dose inicial recomendada de CERA é de 0,60µg/kg, administrada a cada duas semanas em dose única intravenosa ou subcutânea23,24, (Tabela 2). Durante a fase de correçao, o valor da hemoglobina deve ser monitorado a cada duas a quatro semanas.

Em geral, o objetivo inicial do tratamento com MEE é alcançar uma taxa de aumento mensal da hemoglobina de 1,0-2,0g/dL. O aumento da dose do MEE em 25% deve ser considerado se nao se observar esta resposta terapêutica e a hemoglobina permanecer abaixo de 11g/dL. Uma taxa de aumento mensal da hemoglobina superior a 2g/dL é considerada indesejada e, neste caso, recomenda-se reduzir em 25% a 50% a dose de MEE em uso, mas nao necessariamente interromper a sua administraçao22. Uma vez alcançado o valor alvo de hemoglobina, pode ser necessário fazer ajustes na dose e na freqüência dos MEEs. As evidências mostram que níveis de hemoglobina estáveis podem ser alcançados e mantidos ajustando-se a dose do MEE à resposta da hemoglobina do paciente18,19. Mudanças de dosagem do MEE nao devem ser realizadas em período inferior a um mês18,19. Recomenda-se atençao especial à monitorizaçao dos estoques de ferro, especialmente na fase de elevaçao de hemoglobina.

Um problema que emerge com os esquemas terapêuticos com os MEEs é a manutençao dos níveis alvos de hemoglobina. Estudos observacionais em pacientes hemodialisados têm evidenciado que, durante o tratamento com MEEs, pode ocorrer grande variabilidade dos níveis de hemoglobina intra-pacientes ao longo do tempo e que a amplitude e duraçao das flutuaçoes da hemoglobina em pacientes individuais sao preditores de hospitalizaçao e mortalidade independente dos níveis médios de hemoglobina observados25-28. Por outro lado, observou-se que o tempo de permanência na faixa alvo de hemoglobina durante o primeiro ano de tratamento com epoietinas se correlacionou com menor perda da filtraçao glomerular em pacientes com DRC pré-dialítica29.

A freqüência de uso da eritropoetina em pacientes mantidos em hemodiálise e recebendo este medicamento por via intravenosa deve ser de três vezes por semana na fase de correçao da anemia1,12. Nao há evidências que suportem o uso de eritropoetina intravenosa uma vez por semana. Entretanto, a freqüência de uso de eritropoetina pode ser reduzida para duas vezes por semana por via subcutânea, na fase de manutençao30. Em pacientes com DRC em fase pré-dialítica, naqueles mantidos em diálise peritoneal e em transplantados de rim, a eritropoetina pode ser administrada por via subcutânea, três vezes por semana durante a fase de correçao e uma vez por semana durante a fase de manutençao com eritropoetinas30,31. O tratamento de manutençao com a darbepoetina alfa e com CERA pode ser realizado com administraçoes subcutâneas ou intravenosas (convenientes para os pacientes em hemodiálise) duas vezes por mês18, 32.

A escolha da via de administraçao deve ser discutida entre o médico prescritor e o paciente, levando-se em consideraçao o tipo de tratamento para a DRC em uso, desconforto na administraçao, a freqüência de uso do MEE, a sua eficácia e as preferências do paciente. A maioria dos estudos indica que a via subcutânea é mais eficiente do que a via intravenosa, para a maioria dos pacientes com DRC, devido a suas características farmacodinâmicas16,17,33. Por outro lado, devido ao desconforto que o uso de eritropoetina por via subcutânea traz a alguns pacientes mantidos em hemodiálise, sugere-se o seu uso por via intravenosa.

A eritropoetina distribuída pelo laboratório Jansen-Cilag (Eprexr) nao é recomendada em bula para uso subcutâneo, devido à associaçao com casos de aplasia pura de células vermelhas, ocasionada por anticorpos neutralizantes antieritropoetina34. Em pacientes com DRC em fase pré-diálise, há suficientes argumentos na literatura a favor do uso de eritropoetina por via subcutânea12,15,20. A administraçao de eritropoetina por via intraperitoneal em pacientes mantidos em diálise peritoneal ambulatorial contínua mostrou-se segura, porém de relativa ineficiência35.

As complicaçoes mais comuns relacionadas ao tratamento com os MEEs sao aumento da pressao arterial e a trombose do acesso vascular12,17. Cerca de um quarto dos pacientes em diálise tratados com MEE desenvolvem hipertensao arterial ou necessitam de aumento de medicamentos anti-hipertensivos17. O principal mecanismo de hipertensao arterial induzido pelos MEEs é a vasoconstricçao e recomenda-se o controle prévio da pressao arterial nos pacientes hipertensos, antes de iniciar o tratamento para a anemia. A trombose do acesso vascular para hemodiálise deve-se à melhora da funçao plaquetária decorrente da administraçao dos MEEs36, sendo este risco maior nos pacientes portadores de enxertos sintéticos37,38.

O esquema dialítico nao deve ser alterado em pacientes tratados com os MEEs, visto que nao se evidenciou perda da eficiência de depuraçao do dialisador, aumento de necessidade de anticoagulaçao durante a hemodiálise e maior freqüência de hiperpotassemia com a correçao da anemia17. O uso dos MEEs na gravidez é considerado categoria “C”, ou seja, risco nao pode ser descartado. Contudo, até o momento nao existem estudos em seres humanos que comprovem risco fetal, o que poderia justificar, pelo benefício, o emprego dos MEEs na gravidez 39,40.

A resistência ao uso de MEEs nao é freqüente e quase sempre é relativa e nao absoluta, ou seja, a resposta ao uso do MEE fica abaixo daquela esperada para a dose e o tempo de uso da droga. Define-se como resistência ao uso de MEE a necessidade continuada de uso de doses elevadas de eritropoetina (~300UI/kg/ semana ou >20.000UI/semana) ou de darbepoetina (>1,5µg/kg ou ~100 µg/semana)1. Antes de se firmar o diagnóstico de resistência ao MEE, é necessário descartar outras possíveis causas, como as relatadas na Tabela 1. As causas mais comuns de resistência ao uso de MEE sao a deficiência de ferro, tanto absoluta como funcional, e a inflamaçao40-42. Entretanto, é descrita na literatura uma série de possíveis causas, como as apresentadas na Tabela 3.

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