J. Bras. Nefrol. 2007;29(3 suppl. 3):25-8.

Hipertensão Arterial Sistêmica

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PERFIL NUTRICIONAL DE HIPERTENSOS ATENDIDOS NA UNIDADE BASICA DE SAUDE PERPÉTUO SOCORRO DE MACAPA /AP

ELAINE DA SILVASANTOS (FACULDADE SEAMA), ZAMARADASILVACOSTA (FACULDADE SEAMA)

Hipertensao Arterial Sistêmica é uma das doenças de maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da pressao arterial, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o etilismo, o stress e outras. A sua incidência aumenta com a idade. No Brasil, estima-se que um em cada cinco habitantes seja portador dessa patologia. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil nutricional de hipertensos, atendidos na Unidade Básica de Sáude do Perpétuo Socorro de Macapá/AP em outubro de 2006. Material e método: Foram utilizados formulários e entrevistas aplicados a pacientes hipertensos. Os formulários identificaram suas características nutricionais, deficiências e excessos, a adoçao ou nao de uma dieta diferenciada e adequada à situaçao dos pesquisados, relacionaram outros problemas de saúde vinculados com hábitos alimentares, além dos dados socioeconômicos. Foi realizada orientaçao nutricional aos hipertensos pesquisados, esclarecendo-os sobre a necessidade de se adotar uma dieta adequada ao tratamento e controle da hipertensao arterial além de adoçao de um estilo de vida adequado. Resultados: Os resultados da pesquisa demonstraram que 22% dos hipertensos pesquisados estavam eutróficos, apenas 2% apresentaram magreza e a maioria dos pesquisados apresentaram algum tipo de obesidade. Dos hipertensos pesquisados, 75% apresentaram sedentarismo e 26% seguem algum tipo de dieta. E ainda, 43% apresentaram hipertensao moderada ou severa e 23% diabetes associada. Conclusao: Tratar e até mesmo prevenir a hipertensao arterial envolve, fundamentalmente, ensinamentos para que se processem mudanças dos hábitos de vida, tanto no que se refere ao tratamento nao-medicamentoso quanto ao tratamento com agentes anti-hipertensivos. Unitermos: hipertensao arterial obesidade sedentarismo perfil nutricional.


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PREVALENCIA DE HIPERTENSAO ARTERIAL SISTEMICA E FATORES ASSOCIADOS NA ZONA URBANA DO MUNICIPIO DE SAO LOURENÇO DO SUL-RS BRASIL

LISIANE SZCZEPANIAK JANOVIK (UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS), MARIZA FERREIRA LEITE (UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS), MARILIA CRUZ GUTTIER (UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS), GUSTAVO MORRONE BARBAT PARFITT (UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS), MARYSABEL PINTO TELIS SILVEIRA (UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS), SANDRO SCHREIBER DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS)

Introduçao: A hipertensao arterial sistêmica (HAS) é considerada pela Organizaçao Mundial da Saúde importante problema de Saúde Pública. No mundo sao 600 milhoes de hipertensos, desses, 500 milhoes precisam de intervençao médica imediata. O conhecimento da prevalência de hipertensao arterial e de seus fatores de risco pode ser de grande valor para orientar o planejamento das políticas de Saúde. No Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente de doenças cardiovasculares, e quase 50% delas em decorrência da hipertensao. Estima-se que cerca de 30 milhoes de brasileiros sejam hipertensos. Objetivo: Identificar a prevalência de HAS e fatores associados. Metodologia: Estudo transversal de base populacional na cidade de Sao Lourenço do Sul, no sul do Brasil, sendo entrevistados 716 pessoas. Foram visitados todos os setores censitários da zona urbana do município e, em cada um deles 18 domicílios. A escolha dos domicílios foi feita por amostragem em múltiplos estágios. Em cada domicílio escolhido foram entrevistados todos os indivíduos com 20 anos ou mais. Resultados: A prevalência de HAS foi de 24,2 %. Aqueles que apresentam IMC > =30 tem 2,30 vezes mais chance de ser hipertensos quando comparados aos com IMC de 18-24,9 (p<0,001). Quem tem idade acima de 60 anos tem 4,35 vezes mais chance de ser hipertenso quando comparados aos de 20-29 anos (p<0,001). Quem tem familiar hipertenso ou diabético tem maior probabilidade de desenvolver HAS (RR=1,66 e 1,96 p<0,001 e p= 0,001 respectivamente). Ter ensino superior foi fator de proteçao para HAS (RR=0,58 p<0,001), assim como estar trabalhando RR=0,73 p=0,005. Conclusao: Indice de massa corpórea, idade avançada, baixa escolaridade, ter familiar hipertenso ou diabético foram fatores associados à HAS. Por outro lado, ter ensino superior e estar trabalhando foram fatores protetores para HAS.


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DIFICULDADES DE DOENTES COM INSUFICIENCIA RENAL CRONICA SUBMETIDOS A HEMODIALISE, NO SEGUIMENTO DO TRATAMENTO DA HIPERTENSAO ARTERIAL

JICELE BRUNO DE OLIVEIRA, MARCIA REGINA CAR (IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SP)

Cerca de 60 a 80% dos doentes com insuficiência renal crônica, em programa de hemodiálise, apresentam hipertensao arterial, sendo as doenças cardiovasculares as principais causas de morbidade e mortalidade, nestes doentes1.Na experiência prática observa-se as dificuldades destes doentes em manter sua pressao arterial em níveis normais. Este estudo teve por objetivos de caracterizar o perfil biossocial dos doentes hipertensos com insuficiência renal crônica, em hemodiálise verificar junto aos doentes, com insuficiência renal crônica submetidos a hemodiálise qual o conhecimento a respeito da hipertensao arterial e do seu tratamento e, descrever as dificuldades desses doentes no seguimento do tratamento da hipertensao arterial. O presente estudo constituiu-se numa abordagem quantitativa, exploratória e descritiva, realizado no Departamento de Clínica Médica-Unidade Renal do Hospital Central da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Sao Paulo. Foram entrevistados 22 doentes com IRC em programa de hemodiálise, maiores de 18 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico médico de hipertensao arterial. A coleta de dados foi realizada através de um formulário baseado em instrumento de consulta de Enfermagem a hipertensos4, composto de duas partes: identificaçao biossocial do doente e, conhecimento e seguimento do tratamento da hipertensao arterial. Os dados foram coletados, pela pesquisadora, através de entrevista individual dos doentes, após 30 minutos do início da hemodiálise. Os principais resultados em relaçao a caracterizaçao da populaçao foram: 81% com idade de 19 a 50 anos, (59%) do sexo feminino, (55%) casada. Em relaçao ao conhecimento dos doentes sobre a hipertensao arterial e o seu tratamento, 55% sabia ter hipertensao arterial antes de realizar HD, (45%) nao sabia ser hipertenso relatou receber orientaçoes sobre o tratamento por profissionais médicos (40%)(5%) sao orientados somente pela enfermagem. As dificuldades dos doentes para o seguimento do tratamento da hipertensao arterial foram: (73%) tomar diversos medicamentos, (68%) dificuldade de dinheiro para comprar os medicamentos e (64%) diminuir o sal da comida. Conclui-se que o fato da maioria dos doentes fazer o seguimento, na própria unidade renal, do tratamento da hipertensao arterial certamente facilita o seu controle constante, mas, parece nao estar sendo plenamente utilizado como momento de orientaçao principalmente pela enfermagem.


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AFERIÇAO DA PRESSAO ARTERIAL NA SALA DE ESPERA – ESTUDO COMPARATIVO COM AAFERIÇAO DE CONSULTORIO

MICHEL DE SOUSA (UNIVERSIDADE DA REGIAO DE JOINVILLE, UNIVILLE), ANDERSON RICARDO ROMAN GONÇALVES (UNIVERSIDADE DA REGIAO DE JOINVILLE, UNIVILLE), RAFAEL SILVA MENEGATTI (UNIVERSIDADE DA REGIAO DE JOINVILLE, UNIVILLE), RAFAEL ARTHUR BALDESSIN (UNIVERSIDADE DA REGIAO DE JOINVILLE, UNIVILLE)

Objetivos: comparar as aferiçoes da PA de pacientes entre a sala de espera, antes da realizaçao do atendimento, e no consultório, em grupos de pacientes (pt) hipertensos e nao-hipertensos, bem como verificar a ocorrência da SJB neste último grupo. Métodos: estudo prospectivo observacional envolvendo 101 pacientes selecionados aleatoriamente no Ambulatório de Nefrologia da Universidade da Regiao de Joinville, submetidos à três aferiçoes pressóricas na sala de espera, antes da realizaçao da consulta, e, a seguir, três vezes durante a consulta no momento do exame físico. Todas as aferiçoes foram realizadas no mesmo pt pelo mesmo observador e com o mesmo aparelho aneróide. Para fins de análise, a amostra total foi dividida em hipertensos e nao-hipertensos, conforme diagnóstico previamente estabelecido. Resultados: dos 101 pt analisados, 64% eram do sexo feminino, a média de idade foi de 50,1 anos (DP±18,5), a variaçao da pressao sistólica foi de 6,3mmHg (DP±10,8), da pressao diastólica foi de 3,5mmHg (DP±7,2), e 65(64,3%) destes apresentaram uma variaçao superior à 5 mmHg. Deste total, 72 (71,2%) pacientes eram hipertensos, sendo que neste grupo a variaçao da pressao sistólica foi de 6,4mmHg (DP±11,4), da pressao diastólica foi de 3,3mmHg (DP±7,6), e 48(66,6%) destes apresentaram uma variaçao superior à 5 mmHg. Dos 29(28,7%) pacientes nao-hipertensos, a variaçao da pressao sistólica foi de 6,0mmHg (DP±7,3), a da pressao diastólica foi de 3,8 mmHg (DP±9,0), e 17(58,6%) destes apresentaram uma variaçao superior à 5mmHg. O número de pt nao-hipertensos que apresentaram a SJC foi de 3(10,3%) na sala de espera e de 7(24,1%) no consultório. Conclusao: foi possível demonstrar que a maioria dos pacientes apresenta elevaçao importante da PA no consultório quando comparada com a sala de espera. Esse efeito foi observado em pt hipertensos e nao-hipertensos. Nesses últimos, pode-se verificar uma incidência maior de SJC no consultório. Esses achados sugerem que a medida da PA na sala de espera pode ser utilizada para avaliar o efeito da hipertensao de consultório. Porém, o uso desse simples método como medida diagnóstica ou de orientaçao terapêutica deve ser precedido de estudos comparativos com a medida ambulatorial da pressao arterial (MAPA).


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HIPERTENSAO ARTERIAL EM PEDIATRIA – ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL

LUCIMARY DE CASTRO SYLVESTRE (HOSPITAL PEQUENO PRINCIPE), EMMANUELA BORTOLETTO SANTOS (HOSPITAL PEQUENO PRINCIPE), ELISA BEATRIZ D. SIQUEIRA (UNICENP), LARISSA GUEDES P. RISPOLI (UNICENP), LETICIA MARIA S. MOREIRA (UNICENP), NEILOR F. BUENO MENDES (UNICENP), PAULA CAROLINA D. GRANZOTTO (UNICENP), REJANE DE PAULA MENESES (HOSPITAL PEQUENO PRINCIPE)

Introduçao: A hipertensao arterial sistêmica (HAS) iniciada na infância pode persistir na vida adulta, contribuindo para aumento da morbi-mortalidade porém, freqüentemente há subdiagnóstico da HAS na faixa etária pediátrica. Preocupados com o diagnóstico precoce e acompanhamento desses pacientes, inciamos ambulatório específico para HAS em março de 2005. Objetivo: avaliar o perfil do ambulatório de hipertensao auxiliar no estabelecimento de estratégias de prevençao. Metodologia: revisao dos prontuários dos pacientes acompanhados por mais de 3 meses no período de Março de 2005 a Dezembro de 2006, avaliando dados demográficos, antropométricos, causa da HAS, estágio de HAS, lesoes em órgaos-alvo e tratamento. Resultados: 72 pacientes elegíveis, com média de idade de 6,3 anos à primeira consulta, predomínio do sexo masculino (55%). O tempo médio de acompanhamento foi de 11 meses. Quarenta e quatro por cento dos pacientes apresentavam sobrepeso ou obesidade. A hipertensao secundária foi diagnosticada em 47% dos casos, predominantemente associada à doença parenquimatosa renal hipertensao essencial associada ao sobrepeso e obesidade esteve presente em 19 pacientes (27%).MAPA de 24 horas foi realizado em 55 pacientes, 46 demonstraram hipertensao. Hipertrofia ventricular esquerda foi detectada em 12 de 69 pacientes e 18 de 61 pacientes apresentaram alteraçao no fundo de olho associada à hipertensao. Os medicamentos mais utilizados foram os inibidores da ECA(49) e bloqueadores dos canais de cálcio(47). Conclusao: Nossos dados estao de acordo com a literatura, demonstrando alta freqüência de HAS secundária, na maioria das vezes associada à doença renal. Detectamos um grande número de crianças e adolescentes obesos. As lesoes em órgaos-alvo nao sao tao freqüentes quanto em adultos,mas devem ser monitoradas. O diagnóstico precoce e um acompanhamento planejado sao úteis para a detecçao e prevençao das conseqüências da HAS em longo prazo.


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AVALIAÇAO DA PRESSAO ARTERIAL E DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS NA CAMPANHA DE PREVENÇAO DA HIPERTENSAO ARTERIAL DO HOSPITAL DA CRIANÇA SANTO ANTONIO

SIMONE VARGAS DIAS (IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE), TESSA GUIMARAES (IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE)

Objetivo: Determinar a prevalência de hipertensao arterial e obesidade nas crianças avaliadas durante campanha de prevençao da Hipertensao Arterial, do Hospital da Criança Santo Antonio da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, realizada em 13 de julho de 2007. Métodos: Foram avaliados o estado nutricional e a pressao arterial de 129 crianças e adolescentes entre 03 e 16 anos, que participaram da Campanha de Prevençao da Hipertensao Arterial na infância do Hospital da Criança Santo Antônio. Os dados da pressao arterial foram analisados conforme os critérios propostos pelo relatório Report of The Second Task Force on Blood Pressure Control In Children, (1987) e o estado nutricional foi analisado segundo o Z score do peso/idade, altura/idade e IMC. Resultados: Do total de crianças e adolescentes avaliados, 120 tiveram a pressao arterial classificada como normal (01 destas teve o diagnóstico de préhipertensao, percentil entre o 90 e 95) e 09 crianças foram classificadas como hipertensas. Os participantes com a pressao arterial alterada foram chamados para uma nova aferiçao, porém nao compareceram ao Hospital. Nao houve relaçao estatisticamente significativa entre o estado nutricional e a pressao arterial. Conclusao: A verificaçao da pressao arterial nas crianças e adolescentes, bem como, o acompanhamento do estado nutricional, deve ser rotina na pediatria para prevençao de diversas patologias associadas.


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PREVALENCIA DE HIPERTENSAO NA POPULAÇAO QUE FREQUENTAM EVENTOS DE EXTENSAO DA UNIVERSIDADE REALIZADOS EM COMUNIDADES LOCAIS

ADILSON TEIXEIRA TEODORO (UEM), JANAINA PADULA (UEM), BRUNO DONEGA SARRAO (UEM), PAMELA CRISTINA ANTONIASSI (UEM), LEONARDO ODEBRECHT (UEM), EDUARDO QUIRINO DOS SANTOS (UEM), DENISE CRISTIA CANTOS GALINA (UEM), PATRICIA MAYUMI HONDA (UEM), LIVIA MARIA MARTINS DE ALMEIDA (UEM), SÉRGIO SEIJI YAMADA (UEM)

Introduçao: A Hipertensao Arterial constitui um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e de outros países. A sua detecçao e tratamento devem ser prioridades para reduzir a morbimortalidade por doenças cardiovasculares incluindo as doenças renais crônicas. Objetivo: Avaliar a prevalência de níveis pressóricos elevados em evento multidisciplinar realizado em comunidades de nosso município. Objetivo secundário: a) Identificar indivíduos possivelmente hipertensos nao diagnosticados b) estimar a efetividade do tratamento antihipertensivo c) Estimar a prevalência de outros fatores de risco cardiovascular. Métodos: O estudo foi realizado em eventos multidisciplinares promovidos por uma Universidade do interior do Paraná, no período de abril a setembro de 2007. Após o consentimento os indivíduos responderam um questionário que detectava os hipertensos o grau de conhecimento sobre a hipertensao arterial e o seu controle. Foram realizados medidas de pressao arterial conforme as recomendaçoes da V Diretriz Brasileira de Hipertensao Arterial sendo considerados níveis pressóricos elevado aqueles acima de 139/89. Foram avaliados no questionário outros fatores de risco como tabagismo e dislipidemias. Resultados: Foram entrevistados 329 indivíduos distribuídos em quatro comunidades, sendo destes 240 mulheres e 89 homens, 231 eram brancos, 72 pardos, 18 negros, 4 amarelos e 4 nao responderam. Do total verificou-se pressao arterial elevada em 109(33,1%) indivíduos. Destes 69(21%) sabiam ser hipertensos, portanto nao estavam controlados, 40 (12%) nao sabiam ser hipertensos previamente. Somente 50(15%) que sabiam ser hipertensos previamente tinham seus níveis pressóricos controlados. Do total 170 (52%) foram considerados nao hipertensos. Sendo que 7 dos 210 que referiam nao ter hipertensao, usavam antihipertensivos (3,3%). Do total, 92(27,9%) fazem consulta de acompanhamento da pressao arterial. Tabagismo foi visto em 43 (13%) indivíduos. Conclusao: Observamos que aproximadamente 33% dos indivíduos do evento tinham níveis elevados de pressao arterial, 40(12,1%) dos indivíduos desconheciam ter níveis pressóricos elevados e 50(15%) tinham níveis pressóricos controlados, tabagismo foi visto em 43(13%) dos individuos tais eventos sao importantes para divulgaçao do problema e detecçao de novos hipertensos.


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PRESSAO ARTERIAL, PESO AO NASCIMENTO E INDICE DE MASSA CORPORAL EM ATENDIMENTO CLINICO PEDIATRICO

MARISTELA BOHLKE (UCPEL/ UNIFESP), TIAGO CUNHA (UCPEL), HAYSLAN BOEMER (UCPEL), PAULO CARUSO (UCPEL), ADRIANA MENEZES (UCPEL), FERNANDA DULLIUS (UCPEL), JULIANA MENEZES (UCPEL)

Introduçao: A prevalência de hipertensao arterial na infância tem aumentado significativamente nos últimos anos, acompanhando a ocorrência crescente de obesidade infantil. O presente estudo avalia a pressao arterial e sua relaçao com o índice de massa corporal e peso ao nascer em uma amostra de crianças submetidas a atendimento clínico. Métodos: Estudo transversal com avaliaçao de 443 crianças de 3 a 12 anos de idade através de medida da pressao arterial, altura, peso, cálculo do índice de massa corporal e coleta de dados demográficos e clínicos. As crianças com pressao arterial acima do percentil 90 para idade, sexo e altura foram submetidas a avaliaçao da pressao arterial em outros dois momentos diferentes, com 15 dias de intervalo. A análise estatística foi realizada com construçao de modelos multivariados. Resultados: O percentual de crianças com pressao arterial acima do percentil 95 foi de 34,6%, 7% e 3,6%, na primeira, segunda e terceira consultas, respectivamente. Trinta e cinco por cento da amostra apresentava obesidade ou sobrepeso (indice de massa corporal acima do percentil 85). A pressao sistólica na primeira consulta esteve associada ao indice de massa corporal (beta 0.16 IC95% 0.06-0.26) e ao peso de nascimento (beta -0.005 IC95% -0.01-0.0008). A pressao diastólica da primeira consulta associou-se a idade (beta -1.32 IC95% -2.44-0.2), peso ao nascimento (beta -0.006 IC95% -0.01-0.002) e indice de massa corporal (beta 0.2 IC95% 0.01-0.39). Na segunda consulta a pressao sistólica esteve associada ao indice de massa corporal (beta 0.2 IC95% 0.01-0,39) e a raça negra (beta 15,8 IC95% 2.7-28.9). Os pacientes classificados como hipertensos ao final das três consultas apresentavam maiores taxas de obesidade (OR 8.46 IC95% 2.36-30.36) e eram mais jovens (OR 0,76 IC95% 0,59-0,99) em relaçao aos nao hipertensos. Conclusao: O excesso de peso está associado a níveis pressóricos mais elevados em crianças pré escolares e escolares. Um grupo de crianças apresenta hiperreatividade pressórica, com elevaçao da pressao na primeira consulta mas medidas subsequentes normais esta hiperreatividade está associada ao excesso de peso, ao menor peso ao nascimento e a raça negra.

Hipertensão Arterial Sistêmica

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