J. Bras. Nefrol. 2014;36(4):490-5.

Níveis de selênio plasmático em pacientes em hemodiálise: Comparação entre Norte e Sudeste do Brasil

Milena Barcza Stockler-Pinto, Olaf Malm, Suellen Regina Geraldo Azevedo, Najla Elias Farage, Paulo Renato Dorneles, Silvia Maria Franciscato Cozzolino, Denise Mafra

DOI: 10.5935/0101-2800.20140070

Introdução:

Pacientes com Doença Renal Crônica apresentam deficiência de selênio (Se), um elemento essencial, com importantes funções biológicas, como a de ser componente da enzima antioxidante glutationa peroxidase (GPx). A concentração de Se nos alimentos depende de sua concentração no solo e autores relatam que o solo da Amazônia possui elevados níveis de Se.

Objetivo:

O objetivo do trabalho foi comparar o estado nutricional do Se em pacientes em hemodiálise (HD) das regiões Norte e Sudeste do Brasil.

Métodos:

Trinta e oito pacientes da região Sudeste (22 homens e 16 mulheres, 15% diabéticos, 53,5 ± 26,4 anos) foram comparados com 40 pacientes da região Norte (28 homens e 12 mulheres, 22,5% diabéticos, 63,5 ± 11,9 anos). O Se no plasma foi determinado por espectrofotometria de absorção atômica por geração de hidretos acoplados a cela de quartzo.

Resultados:

Os níveis de Se dos pacientes em HD da região Sudeste foram significativamente menores (17,5 ± 11,9 μg/L) comparados aos pacientes da região Norte (37,1 ± 15,8 μg/L) (p < 0,001). Entretanto, ambos os grupos apresentaram níveis de Se abaixo da recomendação (60-120 μg/L). Não houve associação entre os níveis de Se e os parâmetros analisados.

Conclusão:

Com base nos resultados, concluímos que os pacientes da região Norte apresentaram elevados níveis de Se quando comparados com os pacientes da região Sudeste do Brasil. Entretanto, independentemente da região, ambos os grupos apresentaram deficiência com relação ao estado nutricional do Se.

Níveis de selênio plasmático em pacientes em hemodiálise: Comparação entre Norte e Sudeste do Brasil

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