J. Bras. Nefrol. 2015;37(2):212-20.

Evolução a longo prazo no transplante renal de idosos

Paula Ferreira Orlandi, Marina Pontello Cristelli, Carolina Araujo Rodrigues Aldworth, Taina Veras de Sandes Freitas, Claudia Rosso Felipe, Helio Tedesco Silva Junior, Jose Osmar Medina de Abreu Pestana

DOI: 10.5935/0101-2800.20150034

Introdução:

O número de pacientes idosos portadores de doença renal crônica aumenta progressivamente, desafiando os algoritmos de alocação, em um cenário de escassez de órgãos para transplante.

Objetivo:

Avaliar o impacto da idade sobre os resultados do transplante renal.

Métodos:

Foram analisados todos os 366 pacientes > 60 anos transplantados entre 1998-2010 versus um grupo controle de 366 pacientes mais jovens pareados por gênero, tipo de doador (vivo/falecido) e ano do transplante.

Resultados:

Diabetes mellitus (HR 1,5; IC 1,0-2,2; p = 0,031) e doador falecido (HR 1,7; IC 1,2-2,7; p = 0,013) se associaram independentemente a maior risco de óbito. Diabetes mellitus (HR 1,8; IC 1,2-2,6; p = 0,003) e priorização por acesso vascular (HR 2,9; IC 1,2-2,6; p < 0,001), mas não idade, foram fatores independentes de perda do enxerto renal.

Conclusão:

A idade avançada não teve impacto negativo no resultado do transplante quando excluído óbito do paciente como causa de perda do enxerto. A maior mortalidade entre a população senil esteve associada à maior frequência de comorbidades, em especial diabetes mellitus.

Evolução a longo prazo no transplante renal de idosos

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