J. Bras. Nefrol. 2015;37(4):481-9.

Proteinúria pós-transplante renal – prevalência e fatores de risco

Claudia Maria Costa de Oliveira, Izadora de S. Pereira, Larissa Clara L. de Souza, Thiago A. Cruz, Francisco Marto Leal Pinheiro Júnior, Ronaldo Matos Esmeraldo

DOI: 10.5935/0101-2800.20150076

Introdução:

A proteinúria pós-transplante renal tem incidência variável, sendo um fator de risco cardiovascular e para a sobrevida do enxerto.

Objetivo:

Avaliar a prevalência de PTN pós-Tx em receptores de um único centro e fatores associados.

Métodos:

A prevalência de PTN foi avaliada segundo a definição ≥ 500 mg/24 hs. Os pacientes foram divididos em 3 grupos: grupo A, < 500 mg, B, 500-1000 mg e C, > 1000 mg. Foi testada a associação entre PTN pós-Tx e: idade/gênero do doador e receptor, tipo de doador, função retardada do enxerto, rejeição aguda, HAS e creatinina. As variáveis com valor de p < 0,20 na analise bivariada foram incluídas em modelo de regressão logística multivariado.

Resultados:

Foram avaliados 173 receptores, idade média 39 anos, 57,2% sexo masculino e 60,7% doador falecido. A prevalência de PTN pós-Tx foi de 24,3%. A distribuição dos pacientes foi de 75,7% para o grupo A, 15,6% para o grupo B e 8,7% para o grupo C. Foram associados a uma maior chance de PTN ≥ 500 mg/24hs: o sexo masculino do receptor, o doador falecido e a HAS pós-Tx. A creatinina aos 12 meses foi significativamente maior nos pacientes com PTN. 62% dos pacientes com PTN ≥ 500 mg/24 hs receberam tratamento com IECA/BRA.

Conclusão:

A prevalência de PTN pós-Tx renal foi 24,3% segundo a definição utilizada. O sexo masculino do receptor, o doador vivo e a HAS estiveram associadas à maior chance de PTN pós-Tx. O bloqueio do sistema renina-angiotensina deve ser intensificado.

Proteinúria pós-transplante renal – prevalência e fatores de risco

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