J. Bras. Nefrol. 2016;38(4):473-7.

Glomeruloesclerose nodular em paciente fumante não diabético, hipertenso e dislipidêmico: relato de caso

Liliane Silvano Araújo, Alessandro Alves Queiroz, Maria Luíza Reis Monteiro, Crislaine Aparecida Silva, Lívia Helena de Morais Pereira, Mariana Molinar Mauad Cintra, Claudia Renata Bibiano Borges, Juliana Reis Machado, Marlene Antônia dos Reis

DOI: 10.5935/0101-2800.20160076

Introdução:

Este é um relato de caso de um paciente com glomeruloesclerose nodular idiopática, cuja patogênese e morfologia são semelhantes à nefropatia diabética.

Apresentação do caso:

Homem, 64 anos de idade, leucodermo, com dislipidemia, obesidade, doença pulmonar obstrutiva crônica secundária ao tabagismo, hipertenso há cinco anos e sem história de diabetes mellitus. Ele foi internado com anasarca súbita, perda rápida da função renal com necessidade de hemodiálise imediata. A biópsia renal foi realizada, e as seções foram examinadas por microscopia luz, imunofluorescência e microscopia eletrônica. Achados morfológicos e ultraestruturais mostraram que o perfil da doença estudado fortemente se assemelha à nefropatia diabética. No entanto, a ausência de diabetes mellitus, a presença de hialinose arteriolar em arteríolas renais, o fumo do tabaco, e outros fatores clínicos observados podem desempenhar um papel significativo na formação nodular.

Conclusão:

As características clínicas do paciente e, o mais importante, o fato de que ele é fumante favorecem o diagnóstico de “glomeruloesclerose nodular associada ao tabagismo”, uma nomenclatura proposta por alguns autores como uma alternativa para o termo glomeruloesclerose nodular idiopática. Este relato de caso clínico realça glomeruloesclerose nodular idiopática como uma doença rara, de etiopatogenia pouco conhecida. Desse modo, mais estudos são necessários para elucidar as causas desta doença.

Glomeruloesclerose nodular em paciente fumante não diabético, hipertenso e dislipidêmico: relato de caso

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